
Fim da contribuição sindical obrigatória preocupa as entidades patronais
Em 2018, é extinto o polêmico imposto sindical obrigatório. A medida integrou a reforma Trabalhista, aprovada em 2017, e atinge entidades representativas dos empregados e patronais. A Fenacon, que buscou outras formas de regular a situação e acabar com os chamados “sindicatos fantasma”, teme os efeitos da queda no orçamento das organizações sérias e atuantes. O receio é que pautas importantes aos profissionais da contabilidade não recebam a atenção necessária devido ao possível enxugamento no corpo técnico de sindicatos.
O diretor político-parlamentar da Fenacon, Valdir Pietrobon, afirma que a situação é preocupante. O que haverá, alerta, é a adaptação nas estruturas. “Defendíamos uma regra de transição para que conseguíssemos nos preparar ao longo deste ano e de 2019. Porém, não houve acordo”, recorda Pietrobon. Contudo, “os bons vão ficar e os ruins sim vão acabar”, projeta Pietrobon.
“Retirar a contribuição obrigatória é uma decisão simplista e errada”, sintetiza o presidente do Sescon-RS, Diogo Chamun. Para o dirigente, era preciso uma reforma sindical séria com a separação dos sindicatos inoperantes ou distanciados de suas funções daqueles que atuam de forma comprometida.
Fonte: Jornal do Comércio